A RAWA NÃO TEM MEDO DAS AMEAÇAS NEM DO TERRORISMO DOS FUNDAMENTALISTAS
No dia 18 de março, tarde da noite, alguns desconhecidos bateram na porta da casa de uma funcionária do Malalai Hospital, que fica perto do hospital. A mulher que vive nessa casa não deixou os desconhecidos entrarem porque suspeitou de sua identidade e pediu-lhes que se dirigissem ao hospital se tivessem algum assunto a tratar. Minutos depois chegou o diretor-assistente do hospital, o sr. Mohsi e, quando estava entrando no hospital, foi atingido subitamente por balas dos revólveres dos três desconhecidos que tinham coberto o rosto e vociferavam contra a RAWA. Mohsin recebeu um ferimento grave no abdômen quando os terroristas fundamentalistas abriram fogo contra ele, fugindo depois a toda velocidade.
Essa não foi a primeira vez que um membro da Rawa foi atacado pelos terroristas fundamentalistas, ou perseguido pelo serviço secreto do Paquistão. A razão é claríssima: a RAWA nunca abriu mão de sua posição resoluta contra os fundamentalistas e a favor da democracia, nem de sua própria independência política, apesar das inúmeras dificuldades e pressões que enfrenta.
Primeiro os inimigos tentaram destruir a firmeza dos membros da RAWA em sua luta destemida contra o governo de marionetes e contra os fundamentalistas assassinando Meena, a líder fundadora de nossa associação, e mais tarde fizeram ataques sangrentos contra nossos membros para gerar medo e intimidação entre nós. Mas as seguidoras de Meena que juraram por seu sangue mantiveram sua gloriosa bandeira tremulando bem alto e até com mais vigor do que antes.
Agora nossos inimigos, com seus complôs fracassados, fizeram mais uma tentativa de nos amedrontar com seu último ataque terrorista, sem querer saber do fato de que essa associação revolucionária responde e sempre vai responder às ameaças covardes desses terroristas religiosos divulgando ao máximo os seus crimes hediondos.
A RAWA não se deixou amedrontar pelo KHAD, nem pelos criminosos jehadis, nem pelos fascistas talibãs, nem pela sentença de morte publicada pela revista semanal "Omid", sediada nos Estados Unidos, nem pelo ataque dos pistoleiros da "Aliança do Norte" aos vendedores de nossa revista "Payam-e-Zan" em Cabul, e este último ataque não só não nos assusta como até aumenta a determinação da RAWA em divulgar mais amplamente ainda os crimes e atrocidades dos fundamentalistas e de seus representantes a nível nacional e internacional. Esse incidente também depõe mais uma vez contra aqueles que acusam traiçoeiramente a RAWA de estar filiada a serviços secretos paquistaneses.
A RAWA (Revolutionary Association of the Women of Afghanistan) apela para seus defensores no mundo inteiro, pedindo-lhes para erguer a voz em seu favor e condenar esse ataque terrorista através de todos os meios possíveis.
Associação Revolucionária das Mulheres do Afeganistão (RAWA)
20 de março de 2003